Rússia e China reforçam apoio a Maduro contra bloqueio americano a navios que transportam petróleo da Venezuela
22/12/2025
(Foto: Reprodução) Estados Unidos mantêm cerco naval à Venezuela
Em meio à crise com o regime de Nicolás Maduro, o presidente Donald Trump anunciou nesta segunda (22) planos para construir uma nova geração de navios de guerra.
No mar do Caribe, a guarda costeira dos Estados Unidos mantém o cerco naval à Venezuela.
O cerco ao navio petroleiro já dura quase 48 horas. O Bella 1 estava vazio, em águas internacionais, a caminho da Venezuela. Lá, seria carregado de petróleo, mas fugiu quando a Guarda Costeira americana tentou apreendê-lo, segundo fontes ouvidas pela imprensa americana.
O navio é alvo de sanções desde o ano passado por transportar petróleo do Irã. Ele faz parte de uma “frota fantasma” de navios que costumam desligar sistemas de rastreamento para não serem detectados.
É a terceira operação como essa em menos de duas semanas.
Nas outras duas, essa imagem se repetiu. O helicóptero se aproxima, os militares descem de corda e ocupam o barco. Foi assim no sábado de manhã com o navio Centuries, que carregava quase dois milhões de barris de petróleo para a China... mas não era alvo de sanções.
E, no dia 10 de dezembro, com o Skipper, que tinha mais de 1 milhão de barris. A Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo. E os Estados Unidos estão de olho nisso. Inimigos? Inimigos. Negócios à parte.
Apesar das sanções, os americanos seguem importando petróleo venezuelano. Numa quantidade bem menor - é verdade.
A vice-presidente, Delcy Rodriguez, publicou um vídeo de um petroleiro saindo da Venezuela com 500 mil barris de petróleo no sábado. O destino? Os Estados Unidos.
O navio foi fretado pela Chevron – a empresa americana que tem licença para continuar explorando petróleo na Venezuela.
Donald Trump acusa Nicolás Maduro de ser o líder de uma organização narcoterrorista que transporta drogas ilegalmente para os Estados Unidos. E que usa o dinheiro do petróleo para financiar o regime e se perpetuar no poder.
Agora, a estratégia americana com o bloqueio dos petroleiros, é tentar desgastar ainda mais a economia da Venezuela, enfraquecer Nicolás Maduro e forçá-lo deixar o poder.
Ó ditador venezuelano recorreu a dois aliados fundamentais para tentar resistir a essa pressão.
Nesta segunda-feira (22), o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, disse que a Venezuela tem total apoio e solidariedade de Moscou.
A China. país que mais importa petróleo da Venezuela, disse que apreender navios de outro país é uma violação séria do direito internacional. E que a Venezuela tem o direito de ter relações com outros países.
A preocupação com a escalada de tensão chegou à Europa. O governo alemão pediu calma e respeito ao direito internacional.
Numa carta para os líderes da região e para a ONU, lida pelo ministro das Relações Exteriores, Nicolas Maduro pediu que a comunidade internacional condene as ações americanas.
Enquanto isso, Donald Trump anunciava que os Estados Unidos vão começar a construir os dois primeiros navios de guerra de uma nova frota, que vai levar o nome dele.
O presidente disse que eles são 100 vezes mais poderosos do que os atuais.