Rodrigo Paz lidera eleições na Bolívia, mas disputa deve ir ao 2º turno

  • 17/08/2025
(Foto: Reprodução)
Bolívia: candidatos de direita são favoritos em eleição neste domingo Os primeiros resultados de boca de urna apontam que a eleição presidencial na Bolívia deve ser decidida em segundo turno. Segundo levantamento divulgado neste domingo (17) pela emissora Unitel TV, o senador centrista Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), aparece na frente com 31,3% dos votos. Em segundo lugar está o ex-presidente conservador Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão Alianza Libre, que soma 27,3% da preferência do eleitorado. A diferença entre os dois não é suficiente para garantir a vitória imediata de Paz. Pelas regras eleitorais do país, um candidato vence no primeiro turno apenas se obtiver mais de 50% dos votos válidos ou, alternativamente, pelo menos 40% com uma vantagem mínima de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado. Se nenhum dos dois critérios for atingido, a disputa deve seguir para o segundo turno, marcado para 19 de outubro. O resultado, que ainda não é oficial, confirma as previsões de uma eleição acirrada, em um cenário político ainda marcado pelos efeitos da crise institucional e das mudanças de poder que a Bolívia enfrentou nos últimos anos. Agora, os próximos passos da campanha devem envolver a busca por alianças e apoios, já que a diferença entre os dois principais candidatos é pequena e o voto do eleitorado que apoiou outras legendas será decisivo para definir quem chegará ao Palácio Quemado. Eleitores bolivianos vão à Consulado da Bolívia, em Corumbá, para votarem. Jaderson Moreira/TV Morena Guinada à direita A Bolívia vive grave crise econômica, política e social. A cúpula do partido governista Movimiento al Socialismo (MAS) está dividida entre o presidente Luis Arce e o ex-presidente Evo Morales, que foi impedido de concorrer — uma cisão que corroeu o poder hegemônico do MAS e influenciou todo o cenário eleitoral. Morales, em meio à tensão, chegou a pedir que seus apoiadores votassem nulo — uma estratégia para deslegitimar o pleito e sinalizar seu protesto, ainda que endossasse um possível resultado adverso. A rapidez e o alcance dessa polarização provocaram repercussões ainda antes da votação. Na manhã eleitoral, o candidato da esquerda Andrónico Rodríguez foi atacado com pedras após votar em uma região ligada ao MAS — um episódio que simboliza o clima de incerteza e repulsa que permeia o pleito. Embora tenha havido incidentes pontuais, autoridades eleitorais e observadores destacaram que a maioria dos locais de votação transcorreram com tranquilidade e normalidade, sem grandes tumultos ou interrupções. Além das tensões políticas, o eleitorado enfrentou um duro cenário econômico: os bolivianos convivem com inflação alta, escassez de combustíveis e divisas, além de longa filas para alimentos e medicamentos — a pior crise do tipo enfrentada em décadas. Esses problemas reforçaram o sentimento de insatisfação popular, levando grande parte da população a buscar alternativas ao governo do MAS, o que alimentou as forças de centro e direitas no pleito. Quem é Rodrigo Paz Rodrigo Paz Pereira, de 55 anos, é senador e filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, que governou a Bolívia entre 1989 e 1993. De trajetória política marcada pelo diálogo e pelo perfil conciliador, Paz se consolidou como uma figura de centro no cenário boliviano. Antes de chegar ao Senado, foi prefeito de Tarija, no sul do país, onde ganhou destaque por defender pautas de gestão moderna e responsabilidade fiscal. Apesar de herdar um sobrenome tradicional da política, Paz busca se apresentar como uma liderança independente, capaz de construir pontes em meio à polarização entre o Movimiento al Socialismo (MAS) e a oposição conservadora. Seu partido, o Democrata Cristão (PDC), tem uma base relativamente pequena, mas a imagem de moderação e sua defesa de uma transição pacífica no país fizeram dele um nome competitivo nesta eleição. Com propostas voltadas à estabilização econômica, à atração de investimentos e ao fortalecimento das instituições, Rodrigo Paz tenta se diferenciar ao prometer um governo que rompa com a radicalização dos últimos 20 anos e ofereça previsibilidade em um país mergulhado em crise.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/17/rodrigo-paz-lidera-eleicoes-na-bolivia-mas-disputa-deve-ir-ao-2o-turno.ghtml


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