Quadrilha investigada por falsificar agrotóxicos tem advogado como 'cabeça' e é especialista em rótulos; entenda

  • 11/12/2025
(Foto: Reprodução)
Operação cumpre mais de 100 mandados contra quadrilha de agrotóxicos falsificados Uma força-tarefa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e da Polícia Militar resultou na prisão temporária de 21 pessoas investigadas por integrar uma quadrilha especializada em falsificação de agrotóxicos com atuação dentro e fora do estado de São Paulo. Entre os alvos da Operação 'Pesticida', estão um advogado preso em Franca (SP), apontado como o "cabeça" do esquema criminoso, e pessoas que já tinham sido identificadas em outras operações, novamente detidas. Além disso, as autoridades cumpriram cerca de 90 mandados de busca e apreensão, que resultaram no fechamento de cinco laboratórios e na localização de embalagens e produtos usados nas fraudes, incluindo equipamentos para rotular os produtos. Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Nos últimos cinco anos, essa é a quinta operação contra a falsificação de agrotóxicos na região de Ribeirão Preto e Franca. O Gaeco investiga essas práticas envolvendo diferentes quadrilhas há pelo menos dez anos. Rótulos usados para falsificar agrotóxicos na região de Franca (SP). Reprodução/EPTV A seguir, entenda o que se sabe sobre a organização criminosa envolvida na falsificação de agrotóxicos: De que forma a quadrilha se organizava? A quadrilha era dividida em diferentes núcleos para garantir a produção dos agrotóxicos falsificados, assim como o transporte e as vendas dos produtos. A falsificação em si ocorria em laboratórios onde eram misturados produtos químicos e princípios ativos para dar cor, consistência e odor similares aos originais. Geralmente, essa tarefa era feita em locais afastados. Um deles ficava na zona rural de Claraval (MG), cidade vizinha a Franca. Depois disso, os produtos adulterados eram envasados em galões, que recebiam uma rotulagem de alto padrão, com marca e data de validade, desenvolvida por outro núcleo especializado da quadrilha, para despistar as autoridades. Havia também integrantes, entre elas quatro mulheres presas na operação, que auxiliavam na contabilidade, na parte logística e nas vendas dos produtos. Apesar dessa divisão de tarefas, segundo a força-tarefa, um mesmo integrante poderia desempenhar diferentes funções, incluindo o advogado apontado como chefe da quadrilha, que ao mesmo tempo que gerenciava os laboratórios também atuava nas vendas. Esse suspeito, segundo o Gaeco e a Polícia Militar, já tinha sido preso em Ribeirão Preto (SP) por falsificação de agrotóxicos. Embalagens vazias apreendidas durante operação contra falsificação de agrotóxicos na região de Franca (SP). Reprodução/EPTV Para onde os agrotóxicos eram vendidos? Para as autoridades, a suspeita é de que os agrotóxicos eram comercializados para diferentes estados, entre eles o Espírito Santo, onde ocorreu uma das prisões desta semana. A remessa dessas mercadorias, segundo as investigações, era feita por meio de transportes terceirizados, por veículos próprios ou mesmo por envios irregulares pelo correio. Embora ainda não tenham um valor fechado, as autoridades acreditam que o faturamento da organização criminosa nos últimos dois anos foi milionário. Por quais crimes os envolvidos respondem? Os investigados devem responder por: organização criminosa; crimes específicos previstos na lei de crimes de agrotóxicos, a 14.785; crimes ambientais; lavagem e ocultação de bens; falsificação de documento público. Quais os riscos e prejuízos associados à atuação da quadrilha? Os prejuízos e danos causados pela falsificação de agrotóxicos envolvem questões financeiras, de saúde pública e meio ambiente. Um dos fatores em risco é segurança alimentar e de saúde pública, já que esse material, usado de maneira errada por um agricultor, pode contaminar o solo, bem como causar a perda de produções agrícolas. Além disso, causa prejuízos à indústria do setor, que atua de maneira regular e seguindo normas, sem contar os cofres públicos, com a sonegação fiscal. Em operações anteriores contra outras organizações no interior de São Paulo, o Gaeco aponta ter levantado prejuízos bilionários ao Fisco. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/12/11/quadrilha-investigada-por-falsificar-agrotoxicos-tem-advogado-como-cabeca-e-e-especialista-em-rotulos-entenda.ghtml


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