Protesto contra o PL da Dosimetria leva manifestantes às ruas em Salvador
14/12/2025
(Foto: Reprodução) Protesto contra o PL da Dosimetria leva manifestantes as ruas em Salvador
Mariana Barreto/GFM
Manifestantes tomaram a orla da Barra, bairro nobre de Salvador, neste domingo (14), em protesto contra o chamado "PL da Dosimetria", projeto de lei que reduz o tempo de prisão de condenados por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. A manifestação pessoas com cartazes contra a aprovação do PL pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (10).
O grupo se reuniu por volta das 10h, no Morro do Cristo, localizado na Avenida Oceânica, e seguiu em direção ao Farol da Barra. A mobilização faz parte de uma convocação nacional de movimentos sociais, que realizaram protestos em diferentes capitais do país. Na capital baiana, a manifestação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Além de cartazes com dizeres como "Pena de prisão não é remédio para ter dosimetria! Pena máxima para golpistas" e "Sem anistia", os protestantes se posicionaram contra qualquer anistia ou redução de penas aos investigados por tentativa de golpe de estado, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro.
📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia
Protesto contra o PL da Dosimetria leva manifestantes as ruas em Salvador
Mariana Barreto/GFM
Também foram levantadas pautas em oposição ao marco temporal, e a demarcação e homologação de terras indígenas. A manifestação reuniu diferentes organizações sociais como o Coletivo Rebeldia, o Movimento Mulheres em Luta, o Movimento Aquilombar e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Bahia.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
O protesto contra o projeto de lei se misturou ao ato contra os feminicídios, que também aconteceu em Salvador neste domingo.
Protesto contra o PL da Dosimetria leva manifestantes as ruas em Salvador
Mariana Barreto/GFM
Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Manifestantes se reuniram, neste domingo (14), em Salvador, em um ato pelo fim do feminicídio e da violência contra as mulheres. O grupo saiu em caminhada pela orla da Barra, do Cristo ao Farol.
O ato "Mulheres Vivas" faz parte de uma mobilização nacional, convocada em várias cidades brasileiras após a repercussão de casos de violência em diversas partes do país. Na Bahia, um dos casos mais recentes foi o assassinato de Rhianna Alves, mulher trans, vítima de golpe "mata-leão" aplicado pelo motorista por aplicativo Sérgio Henrique Lima dos Santos, de 19 anos.
🔎 Pela lei brasileira, feminicídio é o homicídio de uma mulher cometido por razões da condição de ser mulher, como violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação de gênero, com penas como reclusão de 20 a 40 anos.
Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Mariana Barreto/TV Bahia
Com cartazes, faixas e camisetas, os manifestantes cobraram a responsabilização dos agressores e o fortalecimento das políticas públicas de combate à violência de gênero.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), entre janeiro e 8 de dezembro de 2025, a Bahia registrou 97 feminicídios.
Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Mariana Barreto/TV Bahia
Entre as 10 cidades baianas que mais registraram feminicídios, Salvador lidera a lista com 10 ocorrências no período. Em seguida estão Feira de Santana, com cinco casos, e Camaçari, com quatro.
Manifestantes pedem fim do feminicídio e da violência contra a mulher em ato na Bahia
Mariana Barreto/TV Bahia
Medidas protetivas
As mulheres não necessitam de um fato que é considerado crime para solicitar uma medida protetiva. Ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio, por exemplo, já são situações em que a mulher pode solicitar a proteção.
A medida protetiva pode ser solicitada através da Polícia Civil: na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica, ou pelo número 197.
A autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz (a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas.
👉 Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas protetivas mais adequadas, bem como denunciar o descumprimento da medida. O descumprimento é configurado crime.
O que é feminicídio?
LEIA TAMBÉM:
Governo da Bahia lança catálogo com foragidos por violência contra a mulher
Mulher fica ferida após ser atacada com golpes de faca em Salvador; companheiro é suspeito do crime
Bahia registra 97 feminicídios entre janeiro e início de dezembro de 2025; conheça perfil das vítimas
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻