Policial penal é condenado por morte de jovem na Expoacre 2023; 'Deus viu nosso choro', diz mãe da vítima

  • 18/09/2025
(Foto: Reprodução)
Família de jovem morto na Expoacre 2023 cobra justiça O policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva foi condenado pela morte de Wesley Santos da Silva que ocorreu na última noite da Expoacre 2023. A decisão foi tomada por júri popular concluído nesta quinta-feira (18), em Rio Branco. A defesa dele já encontrou com recurso Raimundo Nonato foi sentenciado a 15 anos de reclusão pelo homicídio qualificado do jovem, além de dois anos por importunação sexual e mais dois anos, oito meses e 15 dias por lesão corporal grave contra Rita de Cássia, namorada da vítima. Também foi determinada a perda do cargo. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. Na quarta (17) foram ouvidas 19 testemunhas. Em abril deste ano, Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre negou um pedido de liberdade para o policial penal. Raimundo Nonato Veloso foi pronunciado a júri popular por homicídio em agosto de 2024. Iza Souza, mãe do jovem, falou à imprensa logo após a condenação que o resultado era o esperado pela família e que ela e os parentes se apegaram à fé religiosa para atravessar os dois dias de júri. "A gente não aceitava menos que isso, porque o Raimundo Nonato tinha o melhor advogado, mas o nosso advogado era aquele lá de cima. Desde a minha primeira entrevista eu falei que aqui se faz, aqui se paga. Eu não estava ameaçando ele [Raimundo Nonato], eu estava dizendo que Deus ia cobrar dele, e Deus cobrou", declarou. LEIA MAIS: Quase 20 testemunhas devem ser ouvidas em júri de policial acusado por morte na Expoacre 2023 Jovem morto por policial penal em bar tinha ido à Expoacre comemorar o aniversário, diz namorada Deputado propõe que agentes de segurança pública sejam proibidos de portar armas em festas no AC A mãe enlutada também ressaltou que o filho era um rapaz trabalhador e lamentou, dizendo que Wesley havia ido à Expoacre para se divertir. "Deus viu o nosso choro, foram dois anos de muito sofrimento, muito clamor a Deus, esperando ele [Wesley] chegar do trabalho, ele tinha três empregos. Nós esperávamos todos os dias ele chegar às 5 horas da tarde do trabalho, mas ele nunca chegou. Então, não seria justo [inocentar Raimundo Nonato]", enfatizou. Rivaldo Jaime, pai de Wesley, é amparado por familiares antes do início do segundo dia do julgamento Aline Pontes/Rede Amazônica Acre Família acompanhou julgamento Os familiares de Wesley usaram uma camisa com a foto dele com uma frase 'queremos justiça' estampada acima da foto dele. Para a mãe do jovem, Isa Santos, a espera pela condenação é uma mistura de dor e esperança. “São dois anos de dor e sofrimento, é uma batalha muito grande enfrentar o luto. Eu sei que nada vai trazer meu filho de volta, mas a Justiça precisa ser feita para que ele [Raimundo Nonato] não faça o mesmo com outras famílias”, relatou. Isa contou que ainda sente a presença do jovem em casa e que o filho não merecia morrer dessa forma. “Essa semana todinha eu só pensava que ia voltar com meu filho para casa, que ele ia entrar pela porta, abraçar a gente. Mas, sei que isso não vai acontecer. Meu filho não merecia isso. O Wesley era trabalhador, um menino de ouro e esse homem precisa pagar pelo que fez'', completou. Rivaldo Jaime, pai de Wesley, também se diz confiante quanto a condenação do policial penal. À Rede Amazônica Acre, Rivaldo descreveu a dor de perder o único filho. Antes de iniciar o julgamento, Rivaldo se emociou bastante e precisou ser amparado por outros familiares. “Um rapaz super educado, criei desde pequenino e nunca deu trabalho para ninguém. São dois anos de muita dor e sofrimento, mas esperamos a justiça. Confiamos em Deus e acreditamos que ele será condenado", lamentou. Na noite do crime, Wesley celebrava o aniversário de 20 anos com a namorada e amigos. Policial penal chega ao 2º dia de julgamento na Cidade da Justiça Aline Pontes/Rede Amazônica Defesa O advogado Wellington Silva, que defende o policial penal, afirma que o cliente agiu em legítima defesa. Segundo ele, laudos da perícia e depoimentos de policiais militares confirmam essa versão. “Ele sempre manteve a mesma versão. Agiu em estado de sobrevivência. Se não tivesse usado a arma, não estaria vivo para ser julgado hoje”, argumentou. Contudo, para a advogada da família de Wesley Gicielle Rodrigues, houve legítima defesa, mas sim assassinato. “Ele assediou a Rita, passou a mão nela, não aceitou o ‘não’ como resposta. Quando ela reagiu, ele ficou com raiva e, de forma vil, atentou contra a vida de Wesley e contra a dela. O que houve foi assassinato, não legítima defesa”, afirmou. Relembre o caso Wesley Santos morreu no dia 8 de agosto daquele ano após ser baleado na madrugada do dia anterior. Ele estava acompanhado da namorada Rita de Cássia, que também foi ferida com vários disparos, quando houve uma confusão dentro do Parque de Exposições Wildy Viana. Em outubro de 2023, o policial teve a denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça e virou réu no processo. A defesa do acusado disse que vai entrar com recurso contra a decisão. Além disso, a defesa aguarda o julgamento de um habeas corpus. Raimundo Nonato segue preso. VÍDEOS: g1

FONTE: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2025/09/18/policial-penal-e-condenado-a-mais-de-19-anos-de-prisao-por-morte-de-jovem-na-expoacre-2023.ghtml


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