Mais de 40 mil quilômetros de rodovias federais estão sem fiscalização eletrônica por falta de verba
15/08/2025
(Foto: Reprodução) 45 mil Km de rodovias Federais estão sem fiscalização eletrônica por falta de verba
Mais de 40 mil quilômetros de rodovias federais estão sem fiscalização eletrônica por falta de verba.
O alerta veio em 30 de junho, em ofício enviado pelo DNIT às superintendências estaduais. O documento comunicou a paralisação dos contratos para o serviço a partir de 1º de agosto: “em decorrência da insuficiência de recursos orçamentários”
A proposta técnica enviada por esta Coordenação demandava R$ 364 milhões, mas o orçamento destinou somente R$ 43,3 milhões.
Na prática, por falta de dinheiro, as imagens captadas ali pelos radares não são processadas pelos técnicos do DNIT nem analisadas por agentes de trânsito. Por isso, não viram multas. Essa situação se repete em quase 4 mil pontos em 45 mil quilômetros de rodoviais federais.
Sem o funcionamento dos radares, o DNIT sugeriu que as superintendências regionais melhorem a sinalização, a iluminação nas estradas, façam campanhas educativas e usem radares móveis.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, no ano passado, mais de 6 mil pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, no ano passado, mais de 6 mil pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais.
Jornal Nacional
No primeiro semestre deste ano, foram 2.82 mortes. Os radares pararam de funcionar no começo de agosto. E a PRF considera que isso pode impactar no número de acidentes.
“Uma vez que trechos críticos não são fiscalizados adequadamente pelo não funcionamento desses radares fixos, a gente certamente vai notar uma mudança de comportamento, então uma velocidade excessiva em pontos que a gente tem mapeados como críticos. Nossa preocupação é justamente ver em pontos que a gente tem hoje a mortalidade em nível mais baixo subir por conta da ausência de fiscalização", diz Mateus de Paula, coordenador da Comunicação Social - PRF.
O Ministério do Planejamento disse que a alocação de mais recursos este ano vai depender de “espaço fiscal” e que poderá discutir o assunto em 2026.