Homens que saíram de SP para cobrar dívida no PR: polícia montou força-tarefa para analisar dados que baseiam investigação

  • 06/11/2025
(Foto: Reprodução)
Famílias cobram informações sobre investigações de mortes em Icaraíma A Polícia Civil informou que montou uma força-tarefa para analisar o material que baseia a investigação que apura as circunstâncias da morte de quatro homens assassinados ao cobrar uma dívida em Icaraíma, no noroeste do Paraná Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso saíram de São José do Rio Preto (SP) e encontraram Alencar Gonçalves de Souza – que os contratou para a cobrança – na cidade do noroeste do Paraná. Os quatro foram vistos pela última vez no dia 5 de agosto e ficaram 44 dias desaparecidos, até os corpos serem encontrados enterrados na zona rural da cidade. Os principais suspeitos de assassiná-los são Antonio Buscariollo, de 66 anos, e o filho dele, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22. Ambos estão foragidos. A defesa dos dois nega que eles tenham participação no crime. ✅ Siga o canal do g1 Maringá no WhatsApp Segundo a polícia, a força-tarefa foi montada por conta do grande volume de dados que compõem o inquérito, que está em sigilo. Não há previsão de quando a investigação deve ser concluída, conforme a corporação. Nesta quarta-feira (5), a polícia informou que está apurando se as vítimas e os suspeitos tinham envolvimento com o crime organizado e que, para isso, levantou a ficha criminal dos envolvidos. Da esquerda para a direita, Afonso, Robishley, Rafael e Alencar. Reprodução LEIA TAMBÉM: CNH gratuita no Paraná: Veja perguntas e respostas sobre novo projeto do governo Roubo de 210 mil dólares em aeroporto: Suspeitos são presos após dois anos de investigação Teolide, Pracidio, Jaceline, Douguas: IBGE divulga nomes 'diferentões' com no máximo 15 repetições no Paraná Advogados alegam dificuldade de acesso a detalhes da investigação A advogada que representa a família das vítimas e o advogado que representa os suspeitos alegam que estão tendo dificuldades para acessar detalhes da investigação. Nesta quarta, duas viúvas e a advogada das famílias das vítimas chegaram a Icaraíma e se reuniram com o delegado responsável pelo caso para cobrar mais informações sobre as investigações. "Nos foi relatado que um delegado da Força Nacional faz parte dessa investigação e que também está acompanhando todas as diligências. No entanto, informação com relação aos fatos, com relação ao que aconteceu com as vítimas, a forma como elas foram mortas, o delegado falou que não iria passar nada", detalhou a advogada Josiane Monteiro. As viúvas demonstraram frustração com o encontro. "É um sentimento de revolta e tristeza. É isso daí, porque chega aqui e não tem uma notícia. O que ele informou para a gente, a gente já sabe, mas vamos continuar lutando e não vamos desistir", desabafou Fabrícia Affonso, viúva de Diego Henrique Affonso. Meiriane Marascalchi, viúva de Rafael Juliano Marascalchi, lembrou que o crime completou três meses nesta quarta. "Hoje fez três meses. Quando fizer quatro meses, eu estarei aqui de volta. Cinco, seis... Até a gente ter uma resposta. Porque a gente não vai desistir, porque eles têm família", afirmou. O advogado Renan Farah, que representa os Buscariollo, pediu a revogação dos pedidos de prisão. "A gente entende que depois de mais de 30 dias, que é aquele prazo da prisão temporária, não é mais necessário que eles sejam presos para o andar do inquérito. Além disso, eles tendo a possibilidade de voltar para Icaraíma, eles podem auxiliar nas investigações", detalhou. Pai e filho são considerado foragidos pelo desaparecimento de quatro homens PCPR Relembre o caso Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso viajaram no dia 4 de agosto, de São José do Rio Preto, em São Paulo, para cobrar uma dívida em Icaraíma, no Paraná. A investigação da polícia apurou que eles foram contratados por Alencar Gonçalves de Souza, que se juntou ao grupo quando todos chegaram à cidade. Conforme a polícia, a família de Antonio e Paulo comprou uma propriedade rural de Alencar por R$ 255 mil e dividiram o pagamento em dez notas promissórias de R$ 25 mil cada. Contudo, nenhuma parcela deste valor foi paga, e esta seria a cobrança que Robishley, Rafael e Diego foram contratados para fazer. A polícia acredita que eles foram, ainda no dia 4 de agosto, até o distrito de Vila Rica do Ivaí para cobrar o devedor. Depois desse primeiro contato, eles combinaram de voltar no dia seguinte. No dia 5 de agosto, os quatro foram gravados por câmeras de segurança conversando no balcão de uma panificadora de Icaraíma, por volta das 10h. Eles deixaram de responder as famílias por volta das 12h. Vitimas foram vistas pela última vez em uma padaria em Icaraíma. Polícia Civil (PC-PR) O registro da câmera do comércio é o último registro dos homens com vida divulgado. No dia 6 de agosto, a esposa de Robishley procurou a polícia do estado de São Paulo para relatar o desaparecimento do marido e dos dois amigos que viajaram com ele. No dia 6 de agosto, a polícia foi até a propriedade que os quatro haviam visitado no distrito de Vila Rica do Ivaí para a cobrança da dívida. No local, Antonio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo receberam a equipe e foram levados à delegacia. “Eles [Antonio e Paulo] confirmaram que havia um negócio envolvendo a compra e venda de uma propriedade rural entre Alencar e dois parentes deles, mas disseram que não tinham relação direta com a dívida”, explicou o delegado Gabriel Menezes. Depois de prestar depoimento e serem liberados, pai e filho deixaram a propriedade e não foram mais vistos. Mandados de prisão temporária foram expedidos contra eles. Além disso, todos os familiares que moravam com eles desapareceram. Eles também são investigados, porém, os nomes não foram divulgados. Com o avanço da investigação, foi estabelecida a suspeita de que os dois tenham participado de uma emboscada no momento em que os quatro homens foram fazer a cobrança. Os corpos dos quatro homens foram encontrados na noite do dia 18 de setembro. Segundo o secretário de segurança pública, Hudson Leôncio Teixeira, eles foram localizados com marcas de tiros e a 650 metros de onde o carro deles foi achado escondido em um bunker. Os pertences das vítimas – como celular e mochila – foram encontrados enterrados no mesmo lugar em que os corpos estavam. Picape desenterrada de bunker tem marcas de tiros e sangue, disse PM. PM-PR Ambiental VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/11/06/homens-que-sairam-de-sp-para-cobrar-divida-no-pr-forca-tarefa-investigacao.ghtml


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