Acusado de matar cabeleireira do RN em Arapiraca é condenado a mais de 18 anos de prisão
08/07/2025
(Foto: Reprodução) José de Farias Silva assassinou Thalita Borges de Araújo a facadas na porta da casa para onde ela tinha se mudado no dia anterior. Acusado de matar cabeleireira do RN em Arapiraca é condenado a mais de 18 anos de prisão
O Tribunal do Júri condenou nesta terça-feira (8) José de Farias Silva a 18 anos e nove meses de prisão pelo feminicídio da cabelereira e garota de programa Thalita Borges de Araújo, em 2023, no município de Arapiraca, no interior de Alagoas.
A defesa de José de Farias, representada pelos advogados Júlio Gomes e Thiago Tomé, informou que cabe recurso de apelação ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e que decidiu recorrer da condenação.
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O juiz também fixou multa de R$ 15 mil reais por danos morais, a pedido do Ministério Público Estadual (MP-AL), já que na época do crime a vítima deixou órfão um filho de 11 anos.
Thalita Borges era natural da cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, onde trabalhava como cabelereira e tinha se mudado para Arapiraca um dia antes do crime e morava em uma casa alugada.
Thalita Borges foi assassinada em Arapiraca
Arquivo pessoal
O assassinato aconteceu em fevereiro de 2023. Na manhã do dia do crime, o réu teria agendado um programa com a jovem para o final da tarde, porém, não foi recebido na hora marcada. O homem teria se irritado com a demora, o que gerou uma discussão e, durante a briga, ele a matou.
Dias depois, o homem se entregou à polícia e confessou o crime. À época, ele disse em depoimento que o desentendimento aconteceu por causa do valor do programa e que, durante a discussão, Thalita teria tentado esfaqueá-lo e que cometeu o crime em legítima defesa.
Entretanto, segundo a Polícia Civil, essa versão não é verdadeira. "O autor chegou a ir à residência por duas ou três vezes e não foi atendido, o que gerou uma irritação. No começo da noite, ao receber o autor, houve um desentendimento em decorrência dessa demora", explicou o delegado Everton.
Uma outra versão considerada pelo delegado é de que a Thalita foi morta por ter recusado o programa com o autor, já que "foi comprovado, durante as investigações, que não houve relação sexual entre eles". Ele foi indiciado em março por homicídio duplamente qualificado.
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